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Outubro Rosa e LGPD: Como Proteger a Privacidade dos Pacientes em Campanhas de Prevenção

Resumo da redação   

O Outubro Rosa é um movimento mundialmente conhecido pela conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de […]

Outubro Rosa e LGPD: Como Proteger a Privacidade dos Pacientes em Campanhas de Prevenção

21/10/24

O Outubro Rosa é um movimento mundialmente conhecido pela conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Todos os anos, campanhas são realizadas para educar a população sobre a importância dos exames regulares e dos cuidados com a saúde da mulher. 

No entanto, junto com a crescente digitalização e coleta de dados para essas campanhas, surge uma preocupação: como garantir que as informações pessoais dos pacientes sejam devidamente protegidas? 

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) desempenha um papel fundamental nesse contexto, garantindo a privacidade e o sigilo dos dados de saúde.

A Importância da LGPD em Campanhas de Saúde

A LGPD (Lei nº 13.709/2018) regulamenta o tratamento de dados pessoais no Brasil, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade dos indivíduos. 

Quando se trata de campanhas de conscientização em saúde, como o Outubro Rosa, é comum que instituições, clínicas e organizações de saúde solicitem informações pessoais de pacientes ou participantes, como nome, endereço, e-mail, além de dados médicos sensíveis.

Esses dados, ao serem coletados, armazenados e utilizados, passam a estar sob o “guarda-chuva” da LGPD, o que exige uma série de cuidados e conformidades legais. O descumprimento da LGPD pode acarretar em deliberações severas, incluindo multas de até 2% do faturamento da empresa, além de comprometer a confiança do público.

Quais dados são protegidos pela LGPD?

A LGPD classifica os dados pessoais em duas categorias principais: dados pessoais e dados pessoais sensíveis. Os dados pessoais referem-se a qualquer informação que possa identificar um indivíduo, como nome, CPF, e-mail, etc. Já os dados sensíveis incluem informações mais delicadas, como origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políticas, dados genéticos e, no caso das campanhas de saúde, dados sobre a saúde do indivíduo .

No contexto do Outubro Rosa, dados sensíveis são frequentemente coletados em questionários, exames, consultas ou até mesmo em ações de marketing das campanhas de prevenção. Esses dados podem envolver informações sobre o histórico médico do paciente, exames realizados, diagnóstico ou até mesmo tratamento, se for o caso.

Os Principais Riscos na Coleta de Dados Durante o Outubro Rosa

Um dos grandes desafios enfrentados pelas instituições de saúde e organizadores de campanhas como o Outubro Rosa é garantir que os dados sejam devidamente protegidos. A coleta, o armazenamento e o processamento de dados devem ser protegidos com um cuidado especial, pois, se essas informações caírem em mãos erradas, podem gerar danos irreparáveis ​​à privacidade dos indivíduos. Alguns dos principais riscos incluem:

  • Vazamento de informações: O vazamento de dados de saúde pode comprometer seriamente a vida pessoal e profissional dos pacientes, além de afetar a reputação da instituição envolvida.
  • Uso indevido de dados: muitas vezes, os dados são coletados para uma finalidade específica, como a participação em campanhas de conscientização, mas acabam sendo usados ​​para outras finalidades não autorizadas, como marketing, sem o consentimento explícito do titular dos dados.
  • Falta de segurança digital: O ambiente digital exige sistemas de segurança robustos. Softwares de proteção inadequados podem abrir portas para ataques cibernéticos e invasões, facilitando o acesso não autorizado a informações pessoais e sensíveis.

Adequação à LGPD: Como Proteger os Dados dos Pacientes

Para garantir a segurança e a privacidade dos dados dos participantes das campanhas de prevenção, as empresas e instituições de saúde devem adotar medidas práticas e adequar-se à LGPD. Abaixo estão algumas estratégias essenciais:

  • Obter consentimento explícito: Antes de receber qualquer dado pessoal ou confidencial, é obrigatório obter o consentimento claro e explícito do paciente. O consentimento deve ser informado, ou seja, o paciente deve saber exatamente quais dados estão sendo coletados, para qual finalidade específica e por quanto tempo serão armazenados.
  • Implementar políticas de segurança de dados: As organizações devem desenvolver políticas claras de segurança, como criptografia de dados, acesso restrito apenas a funcionários autorizados e uso de firewalls e outros mecanismos de proteção.
  • Treinamento de colaboradores: Todos os profissionais que têm acesso a dados pessoais e sensíveis serão treinados para lidar com essas informações de maneira ética e em conformidade com a LGPD.
  • Realizar avaliações de impacto à privacidade: Essas avaliações ajudam a identificar possíveis riscos no tratamento de dados e a criar estratégias de mitigação.
  • Nomear um Encarregado de Dados (DPO): É importante designar um profissional responsável pela proteção de dados dentro da organização. O DPO será o ponto de contato entre a empresa, os titulares de dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

A Conexão Entre a Privacidade de Dados e a Confiança dos Pacientes

Ao se adequar à LGPD, as organizações de saúde e as campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, não só evitam prejuízos legais, mas também constroem um ambiente de confiança. Quando um paciente sabe que seus dados estão protegidos e que seus direitos à privacidade estão sendo respeitados, ele se sente mais seguro para participar de campanhas, realizar exames e compartilhar informações que podem ser cruciais para sua saúde.

Como Podemos Ajudar?

Na LeV Compliance, entendemos que a proteção de dados sensíveis é um dos pilares para garantir a segurança jurídica e a confiança das empresas de saúde. Oferecemos soluções personalizadas de adequação à LGPD, com foco no setor de saúde e campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa.

Estamos prontos para ajudar sua instituição a adotar as melhores práticas de conformidade com a LGPD, garantindo que as informações de seus pacientes sejam tratadas com o mais alto nível de segurança e sigilo. Entre em contato conosco e saiba mais sobre como podemos ajudá-lo a proteger seus dados e manter a confiança de seu público.

Conclusão

Em um mundo cada vez mais digital, garantir a proteção da privacidade dos pacientes é uma responsabilidade que deve ser tratada com seriedade, especialmente em campanhas de saúde como o Outubro Rosa. 

A LGPD não é apenas uma obrigação legal, mas também uma ferramenta para construir um relacionamento de confiança com o público.

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