Assédio moral no trabalho: como o compliance pode ajudar a evitar
Assédio moral é um tipo de violência em que o assediador tem como objetivo constranger, humilhar e inferiorizar uma pessoa. […]
19/02/21
Assédio moral é um tipo de violência em que o assediador tem como objetivo constranger, humilhar e inferiorizar uma pessoa. No trabalho, o assédio moral acontece, geralmente, por uma série de atos repetidos e duradouros que podem afetar a produtividade e a integridade psicológica do colaborador.
Apesar de muito comum no ambiente de trabalho, o assédio moral é um problema silencioso, na maioria das vezes.
Quem passa por isso, além de se sentir humilhado, tem medo de denunciar e perder o emprego.
Mas, nesse tipo de situação vexatória, a dignidade e a honra de uma pessoa são atingidas e, como você sabe, são direitos amplamente protegidos.
Por isso, como empregador, é seu dever manter um ambiente de trabalho saudável na sua empresa e evitar ações trabalhistas e indenizações.
Nesse texto simples e rápido, vamos te mostrar:
O assédio moral no trabalho pode acontecer de diversas formas, como gestos, comportamentos, comentários e até e-mails.
Em geral, é qualquer ato repetido e específico contra um colaborador, que seja capaz de lhe causar constrangimentos, humilhações e dificuldades de interagir em equipe.
Como consequência, um clima desagradável e constante paira no ar e, além de diminuir a produtividade do colaborador, pode desencadear problemas crônicos como estresse, insônia, transtornos psicológicos e até quadros de depressão.
Um problema silencioso que pode ter consequências seríssimas.
Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental – IPRC revelou que mais da metade dos profissionais pratica ou tolera assédio no trabalho.
Esse número é preocupante, você não acha?
Mas, ao contrário do que muita gente pensa, o assédio moral no trabalho pode acontecer não só entre colegas que estão no mesmo grau de hierarquia, mas também entre superior e funcionário.
Ou seja, o assédio moral não está relacionado à hierarquia, mas, sim, a condutas que ferem a dignidade de uma pessoa, como, por exemplo:
– gestos obscenos;
– brincadeiras ofensivas;
– comentários pejorativos;
– apelidos constrangedores;
– xingamentos;
– e-mails com conteúdos envolvendo preconceitos de raça, gênero e orientação sexual;
– acusações de erros que não existem, de fato;
– imposição de metas abusivas;
– ameaças de punição ou demissão;
– determinação de horários e jornadas de trabalho excessivos;
– instruções erradas com o objetivo de prejudicar;
– instrumentos de trabalho retirados, como computador, telefone, etc;
– outras situações que causem humilhações.
Como sempre falamos por aqui, esse é o tipo de situação em que todo mundo sai perdendo.
O colaborador assediado sofre com a falta de interação com os colegas, a desmotivação para ir trabalhar, o estresse, as crises de choro e/ou os problemas gástricos que exigem altas doses de antiácidos.
Para a sua empresa, as consequências do assédio moral também são péssimas:
– diminuição da produtividade dos colaboradores;
– maior rotatividade de funcionários;
– aumento de erros na realização das atividades
– faltas e licenças médicas, além de custos com tratamentos;
– cultura organizacional mal vista pela equipe;
– marca desprestigiada no mercado;
– prejuízos com ações trabalhistas e indenizações.
A lista poderia ser maior, mas vamos focar no que você deve fazer para evitar tudo isso.
Para você ficar por dentro, o compliance representa o conjunto de disciplinas e práticas que visam à investigação e prevenção de riscos na sua empresa.
Em outras palavras, é como garantir que a sua empresa esteja sempre um passo à frente e com cartas na manga quando o assunto é evitar problemas.
Portanto, se você quer prevenir situações de assédio moral no ambiente de trabalho, saiba que o compliance pode te ajudar da seguinte forma:
Um dos pilares de um programa de compliance é a definição de uma cultura organizacional dentro da empresa.
Isso significa estabelecer claramente os valores, a missão e garantir que seus colaboradores entendam o motivo deles estarem trabalhando ali.
Isso traz muito mais foco e seriedade para o ambiente de trabalho e, consequentemente, menos tempo para brincadeiras desnecessárias e exigências que destoam dessa cultura.
Sua empresa precisa não apenas declarar a intolerância ao assédio moral, mas desenvolver um controle interno que seja capaz de identificar situações desse tipo.
O compliance pode te ajudar não apenas a desenvolver esse controle interno eficaz, mas, principalmente, a adotar medidas estratégicas para combater o problema.
Nesse caso, um bom exemplo dessas medidas seria palestras de conscientização, criação de canais de denúncia e políticas internas que instruam os colaboradores e contribua para se evitar o assédio.
Como você deve ter percebido, as pessoas estão cobrando cada vez mais das empresas. As organizações, na verdade, tornaram-se verdadeiros apoios para as principais pautas sociais.
Pense, por exemplo, em uma empresa que se abstém de discutir sobre o assédio moral no trabalho ou, pior, tem algum escândalo vazado. Sua imagem pode ser prejudicada num piscar de olhos.
Por isso, as empresas que guiam-se por valores morais e éticos dentro de suas organizações têm o prestígio das pessoas e, claro, dos colaboradores atentos às boas práticas.
Assim, criar um código de conduta coerente com esses valores é muito importante, e advogados especializados em compliance são essenciais nesse processo.
Se você leu até aqui, percebeu que o assédio moral no trabalho é mais comum do que você imagina.
E você deve encarar esse assunto de frente, pois a empresa pode ser responsabilizada por não ter garantido um ambiente de trabalho saudável.
Ou seja, evitar situações de assédio é sua obrigação e o melhor caminho para isso é o da prevenção.
E é aí que entra o compliance.
Você precisa de ajuda com isso? Por aqui, somos especialistas em compliance.
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