Resumo da redação   ↓

Bom, se formos traduzir ao pé da letra, Compliance significa conformidade, mas na prática ele representa muito mais que isso.

O termo começou a ser fortemente utilizado no Brasil com o surgimento da Lei Anticorrupção, que foi regulamentada pelo Decreto n° 8.420/15. Embora muitas pessoas acreditem que corrupção somente ocorre dentro da política, existem inúmeras situações na qual empresas podem responder judicialmente por atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

 Com o passar dos anos, o termo foi ganhando mais notoriedade e vem sendo muito utilizado no mundo corporativo para representar o conjunto de disciplinas e práticas que visam à investigação, prevenção e solução de eventuais desvios, riscos e inconformidades das empresas.

Um dos principais pilares do Compliance é a própria cultura da empresa e em como ela é passada para os colaboradores, por isso que, embora envolva processos burocráticos, o Compliance está diretamente ligado com pessoas.

Não basta simplesmente introduzir códigos de cultura e ética se você não souber como fazer seus colaboradores cumpri-los.

O Compliance é o mesmo para todas as empresas?

A resposta é não, ainda que muitas das legislações se aplicam de forma igualitária para todos os segmentos de empresas, algumas áreas tem regras ainda mais específicas que devem ser analisadas na hora de fazer o mapeamento de riscos. 

Um exemplo prático é o Compliance Trabalhista, ainda que existam normas que todas as empresas devam seguir, cada ramo lida com Convenções e Sindicatos diferentes, por isso é extremamente necessário que o Compliance seja feito por alguém que conheça seu ramo e as regras definidas para a sua atividade e de seus colaboradores.

Outra questão é a área da saúde, que além de ter que cumprir as mesmas regras que outras empresas, possui leis especiais para cada tipo de atividade. Ainda que você tenha uma micro ou pequena empresa, sendo da área da saúde, existem muitas leis de ME e EPP que não se aplicam ao seu negócio pelo ramo da sua atividade.

Introduzir um profissional de Compliance capacitado no seu ramo de atividade, além de extremamente importante, é necessário para minimizar os riscos que sua empresa pode estar correndo.

O Compliance traz vantagens para as empresas?

Embora muitas pessoas acreditem que se adequar ou contratar alguém para fazer sua adequação é algo caro ou que não vai trazer benefícios e somente custos, estamos aqui justamente para lhe mostrar o contrário.

Estar adequado às normas vigentes no país, treinar os colaboradores, introduzir cultura e ética dentro do seu negócio, só vai lhe trazer vantagens. Uma empresa que tem o Compliance definido e estruturado é uma empresa que tem menos dores de cabeça com ações trabalhistas e do consumidor.

Quando falamos de Compliance, falamos de melhorar o relacionamento interno e externo. O Compliance alcança todos os campos da sua empresa e ajuda a entregar melhores experiências tanto para os colaboradores como para os seus clientes e consumidores.

Colaboradores felizes + consumidores felizes + clientes felizes = aumento de faturamento.

E isso não somos nós que estamos dizendo, são pesquisas realizadas pela Universidade de Warwick, que apontou que colaboradores felizes são 12% mais produtivos, pela Universidade da Califórnia, que mostrou que colaboradores felizes conseguem aumentar até 37% suas vendas.

Gestão de Riscos ou Compliance?

Um dos principais pontos do compliance é trabalhar a gestão dos riscos, pois se a sua empresa não está em compliance (conformidade), logo, ela está correndo riscos, seja em relação às pessoas, ao produto, ao mercado, ao financeiro, aos dados, entre outros.

Quando falamos sobre o que é gestão de risco, muitos gestores acreditam que estamos falando, principalmente, de riscos externos que podem afetar o negócio, como a alta do dólar, o aumento do valor do combustível, o mercado desaquecido ou mesmo a crise do coronavírus.

Mas existem alguns riscos internos que poucos empresários se atentam:

• O risco da falta de treinamento dos colaboradores;

• Da falta de cultura na empresa;

• Do descontentamento de funcionários que não sabem o que esperar da sua empresa;

• A função descrita na Carteira de Trabalho e as atividades exercidas pelo colaborador;

• Solicitação de dados desnecessários ou falta de políticas de uso, armazenamento e descarte de dados;

• Compartilhamento de dados com a Contabilidade sem autorização do colaborador.

O que é gestão de risco?

Riscos significam incertezas sobre a ocorrência ou não de algo que possa prejudicar a empresa, como um acidente de trabalho, um caso de assédio moral no ambiente de trabalho, um prejuízo financeiro ou a própria crise econômica.

Portanto, gerenciar riscos envolve um trabalho de planejamento e prevenção, a fim de evitar esses problemas ou, então, agir rapidamente quando eles acontecem. Assim, a gestão de risco busca estimular um comportamento dinâmico na empresa, de modo que as potenciais ameaças sejam prevenidas, bem como remediadas.

Conclusão

Ao pensar em compliance, que significa implementar dentro da empresa um programa de prevenção de riscos, você pode se perguntar: “por que eu vou me preocupar com isso se eu nunca tive problemas?”

No entanto, esperar os problemas acontecerem, para depois pensar em como resolvê-los, pode custar a sustentabilidade do seu negócio.

Caso você tenha dúvidas, ou queira uma assistência de qualidade para implementar um programa de compliance, nós da LeV Compliance estamos dispostos a lhe auxiliar nessa jornada de melhoria da sua empresa, basta clicar aqui e conversar com um de nossos consultores.

Flávia Lermen

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